Piscina Solário Atlântico de EspinhoO Projeto de Remodelação da Piscina Solário Atlântico de Espinho surge na sequência do concurso público que o Município de Espinho promoveu no final de 1995, no qual obtivemos o 1º lugar. Além da Piscina Solário Atlântico, cujo projeto original (1942) de características modernistas é assinado pelos arquitetos Eduardo Martins e Manuel Passos, o complexo balnear englobava ainda o chamado Balneário Marinho, de construção posterior e que incluía uma piscina coberta aquecida e um sector de tratamentos com água do mar e algas (Talassoterapia). O projeto de reabilitação mantém as duas valências, mas unifica a leitura do conjunto formado pelos dois corpos de idade, imagem e qualidade arquitetónica muito diferentes mediante um tratamento dos volumes e fachadas, onde a utilização de um novo material – o tijolo maciço aparente em grandes panos horizontais – faz a sua integração, valorizando ao mesmo tempo os aspetos patrimoniais e de interesse para a memória de Espinho, que a parte mais antiga manifestamente tem e que merece ser realçada, caso da Entrada original, do Bar e do Salão de Festas, que foram cuidadosamente reabilitados. Simultaneamente e aproveitando a excelente localização do edifício, a intervenção projetada procurou promover a sua abertura ao exterior, com a previsão de novas atividades complementares (lojas, geladaria, quiosque, tabacaria, galeria de arte e ludoteca), que se constituíam em polos de renovado interesse urbano. A piscina principal – cuja área diminuiu para cerca de 1000 m2 – foi totalmente reconstruída, adotando um novo perfil com uma profundidade menor e mais segura e, um tipo de bordadura (finlandesa) que permite aos banhistas uma relação mais amigável e confortável com o cais envolvente, que fica ao mesmo nível da água. Por questões de segurança a utilização da elegante torre de saltos existente ficou restringida à plataforma inferior (3 metros de altura). A área restante da antiga piscina (250 m2) foi transformada numa piscina recreativa para os utentes mais novos, com profundidade variando entre 75 e 90 cm. O Balneário Marinho, embora mantendo as antigas valências associadas à Talassoterapia, foi integralmente remodelado e modernizado, nomeadamente no que se refere à sua piscina coberta, que adquiriu uma imagem e funcionalidades totalmente novas. A água do mar é utilizada em todas as piscinas e a remodelação dos respetivos sistemas de tratamento foi um dos aspetos fundamentais da intervenção realizada, que incluiu a criação de uma nova central técnica e de galerias técnicas enterradas, que asseguram acesso a todas as canalizações. Dono de Obra: Município de Espinho Concurso: 1995 Data de Projecto: 1996 Data da Obra: 1999 Área: 4820.00 m² Custo da Obra: 4.400.000 € Equipa: Arquitectura Isabel Aires e José Cid Arquitectos Fundações e Estruturas ASEP Águas e Esgotos PGI Instalações Especiais EPPE AVAC PGI Publicações: |